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Sob risco de racionamento de energia, consumo bate recorde
Segundo dados da Empresa de Pesquisas Energéticas, gastos de brasileiros em setembro de 2021 foram os maiores já apurados

Por R7
Publicado 31/10/2021

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Se a ameaça de racionamento de energia deveria servir para frear o consumo de eletricidade no país, aconteceu o contrário.

Segundo dados divulgados na sexta-feira (29) pela EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas), órgão ligado ao governo federal, o consumo geral em setembro de 2021, de 41.636 gwh (gigawatts/hora), foi o maior para o mês desde que essa conta começou a ser feita, em 2004.

Em relação a setembro de 2020, a taxa mensal subiu 3,4%.

Todas as categorias acompanhadas foram além de 2020 nos gastos. O comércio, com a retomada do consumo presencial na maior parte do país, avançou 9,2% em um ano (7.278 gwh) e puxou a expansão, seguido pelas residências (3% a mais).

De acordo com a EPE, a alta no setor de serviços, do qual o comércio faz parte, tem algumas razões. "O ritmo acelerado da vacinação no país e o aumento da mobilidade urbana influenciaram na melhora do setor de serviços, principalmente nos prestados às famílias. O clima mais seco e temperaturas mais elevadas para setembro também influenciaram."

Nas residências, o uso de energia cresceu após dois meses seguidos de retração. As temperaturas acima da média e clima seco em muitos estados explicam em parte o resultado, com o estímulo para que os brasileiros ligassem o ar condicionado.

Não à toa, estão nas regiões mais quentes as taxas superiores de elevação. No Centro-Oeste subiu 7,8%, no Norte,  5,2% e no Nordeste, 4,%). No Sudeste, houve acréscimo de 3,9% e no Sul do país, dos locais mais frios do Brasil, ocorreu uma queda de 4,8%. 

As indústrias também gastaram mais, 14.883 gwh, 1,6% acima do mesmo período de 2020. É o maior volume para setembro desde 2014. A região Sudeste, que concentra boa parte das empresas, teve 4,6% de aumento no consumo.

Sete dos dez setores que usam mais eletricidade elevaram seus gastos de eletricidade, com destaque para a metalurgia (136 gwh de acréscimo).

O consumo geral acumulado em 12 meses totalizou 498.641 gwh, expansão de 5,5% em relação ao mesmo período anterior.

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Fonte: R7