Justiça bloqueia R$ 45 milhões em bens de ex-governador Pezão
em bens do ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, preso no fim de novembro do ano passado, durante a operação Boca de Lobo, desdobramento da Lava Jato.
Segundo a juíza Mirela Erbisti, responsável pela decisão favorável ao pedido do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) de congelamento de bens, o valor bloqueado é referente ao total em propina que Pezão é suspeito de receber da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro).
Segundo as investigações, o ex-governador do Estado teria recebido R$ 11,4 milhões da empresa. Além deste valor, a juíza Mirela Erbisti determinou o bloqueio de mais R$ 34,2 mi (o triplo do total de propina apontado pelas investigações) estabelecido como multa civil.
Além de Pezão, outros envolvidos tiveram seus bens congelados. O ex-dirigente da Fetranspor José Carlos Lavouras, o doleiro Luiz Carlos Vidal Barroso e o ex-secretário Hudson Braga, juntos, tiveram cerca de R$ 70 milhões bloqueados pela Justiça.
Em nota, o MP-RJ informou que a Fetranspor também teve R$ 34,2 milhões de seu patrimônio congelado por decisão judicial.
Pezão e Fetranspor
De acordo com as investigações do Gaecc/MP-RJ (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), Pezão assumiu a liderança na organização antes comandada pelo também ex-governador Sérgio Cabral.
A Fetranspor, segundo o MP-RJ, se destacava entre as empresas que pagavam propinas para o governo do Rio durante os mandatos dos dois líderes do Executivo fluminense.
O R7 tenta contato com a defesa dos citados. O espaço está aberto para manifestação.