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Reunião discute estratégias de ações para o Programa de Sanidade Suídea em Rondônia

Por Idaron
Publicado 16/08/2021

Foto: Idaron

As discussões se direcionaram à ocorrência na República Dominicana da peste suína africana (PSA), e das estratégias de atenção do serviço veterinário oficial da Agência Idaron, que, com seus técnicos e auditores do Ministério da Agricultura, se reuniram para coordenar ações de reforço do sistema de vigilância e evitar a entrada dessa doença no Estado de Rondônia.

Ações do programa de saúde suína:

Dentre as ações previstas para prevenção de entrada da peste suína africana estão o cumprimento de metas de visitas mensais em 456 propriedades (vigilância ativa), atendimento à notificação de casos suspeitos (vigilância passiva), atividades educativas e de orientação aos produtores para reconhecer e notificar a suspeita da doença assim como com os profissionais da iniciativa privada e outras entidades públicas. Outras atividades também incluem ações de barreiras volantes do trânsito em todo Estado, nos postos de fiscalização do ingresso de animais, assim como parceria com o Serviço Veterinário Oficial da Bolívia, Senasag, para ações de vigilância na faixa de fronteira.

O sistema de vigilância ativo e em alerta é o que a Agência IDARON, com suporte do Mapa, busca para minimizar os riscos de entrada da peste suína africana no Estado de Rondônia. Produtos in natura ou processados que tem possibilidade de vincular esse vírus são alvos da fiscalização e do alerta sanitário para inspeção com maior cuidado. Esse planejamento complementa o conjunto de ações a nível nacional, de práticas para proteção do continente sul-americano.

“Sendo livre da peste suína africana a oportunidade para comercializar nossa carne suína com qualidade sanitária é melhor, contudo essa doença nos preocupa porque existe o trânsito frequente e intenso de pessoas e mercadorias, bagagens ou produtos importados, a partir de países onde existe a doença, para o Brasil. E isso é um risco que precisa ser controlado, por essa razão estamos aumentando a fiscalização nos pontos de ingresso para evitar a entrada do vírus“, declara o Coordenador Técnico da Idaron, Dr. Walter Cartaxo.

A reunião ocorreu na última sexta-feira, 13 de agosto, na sede da Idaron e contou com a participação do Superintendente Federal do Ministério da Agricultura em Rondônia, Sr. José Valterlins, acompanhado dos auditores fiscais federais agropecuários, Elias Robles e Luana Coelho. Representantes da Agência Idaron, o Coordenador Técnico da Idaron, Sr. Walter Cartaxo; o Gerente de Defesa Sanitária Animal, Sr. Fabiano Alexandre dos Santos; a Coordenadora Estadual de Sanidade Suídea, Srª Alessandra de Souza; Coordenação de Educação Sanitária, Srª Rachel Barbosa, assim a representante da Coordenação Estadual de Epidemiologia Bethânia Silva Santos, de forma virtual.

Informações gerais sobre a doença:

O que é a Peste suína africana

É uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta suínos domésticos e asselvajados de todas as idades. Não se constitui em zoonose, ou seja, ela não é transmitida ao homem. É responsável por grandes perdas econômicas e produtivas. Esta doença transfronteiriça pode ser transmitida por suínos vivos ou mortos, domésticos ou selvagens, e por produtos derivados de suínos. 

Além disso, a transmissão pode ocorrer por meio de alimentos contaminados ou elementos não vivos como calçados, roupas, veículos, facas, equipamentos, etc. devido à alta resistência ambiental do vírus da peste suína africana.

E como não existe uma vacina, é fatal ou tem como única solução o sacrifício dos animais ou abate sanitário. O vírus é muito resistente e pode sobreviver em carnes congeladas e em produtos processadas por até cinco anos após a produção.

Transmissão e propagação

A epidemiologia da peste suína africana é complexa e varia de acordo com o ambiente, o tipo de sistema de produção, a presença ou ausência de carrapatos vetores transmissores, o comportamento humano e a presença ou ausência de porcos selvagens. As rotas de transmissão podem incluir: contato direto com porcos domésticos ou selvagens infectados, contato indireto por meio da ingestão de material contaminado (por exemplo, alimentos ou rações)

Sinais clínicos

A forma aguda da doença é caracterizada por febre alta, perda de apetite, hemorragia (vermelhidão da pele nas orelhas, abdômen e pés), abortos espontâneos em porcas prenhes, vômitos, diarreia e morte eventual em 6 -13 dias (ou até 20 dias). A taxa de mortalidade pode chegar a 100%.

Diferentes tipos de suínos podem ter suscetibilidade variável à infecção pelo vírus da peste suína africana. Porcos selvagens africanos podem ser infectados sem apresentar sinais clínicos, transformando-os em reservatórios.

Diagnóstico

A suspeita de peste suína africana pode ser baseada na observação de sinais clínicos, mas o diagnóstico deve ser confirmado por exames laboratoriais, principalmente para diferenciar a doença da peste suína clássica com investigação epidemiológica detalhada e aplicação de medidas de biossegurança nas propriedades.

Prevenção e controle

Atualmente, não existe uma vacina licenciada contra a peste suína africana. A prevenção em países livres da doença depende da adoção de políticas adequadas de importação e medidas de biossegurança para evitar a introdução de suínos vivos e produtos suínos em zonas livres de peste suína africana. Isso inclui garantir o descarte adequado de resíduos alimentares de aviões, navios ou veículos de países afetados e monitoramento de importações ilegais de suínos vivos ou produtos derivados de suínos de países infectados.

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Fonte: Idaron