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Sebrae comemora criação da Associação Brasileira de Indicações Geográficas
Iniciativa nasce para apoiar e unir as entidades representativas das IGs reconhecidas pelos produtos e serviços com qualidade baseada na origem

Publicado 29/07/2021

Foto: Assessoria/Sebrae

Nesta sexta-feira (30), o Sebrae participa da apresentação oficial da Associação Brasileira de Indicações Geográficas (ABRIG). O evento, que acontece de forma virtual, representa um marco para o fortalecimento das IGs, que ainda são desconhecidas por grande parte dos brasileiros, mas são a cara do Brasil, com produtos e serviços com tradição e qualidade baseada na origem.

De acordo com a analista de inovação do Sebrae, Hulda Giesbrecht, a criação da ABRIG é reflexo do crescimento e desenvolvimento das Indicações Geográficas no país. “Cada vez mais os pequenos produtores dessas regiões protegidas passam a a estampar o selo da IG nos seus produtos. Todo esse movimento está convergindo para a criação de uma associação nacional que possa representar os interesses das IGs junto ao mercado e ao poder público”, destacou.

O representante dos produtores de vinhos e espumantes da IG do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, reconhecida como a primeira Indicação de Procedência do Brasil, será o diretor-presidente da ABRIG. Segundo ele, a associação nasce para apoiar e unir as entidades representativas das Indicações Geográficas, principalmente para buscar apoio oficial com o objetivo de promover e divulgar o valor das IGs, que envolve a preservação de aspectos da cultura e tradição locais.

Ele conta que uma das primeiras ações da associação será atuar para impedir o uso indevido dos nomes geográficos protegidos. “Alguns dos produtos vinculados às IGs são muito assediados por usurpadores e precisamos atuar de imediato para fazer frente a esse problema. Produtos como o queijo, o café e o vinho, por exemplo, têm sido alvos desse tipo de usurpação até mesmo por empresas de maior porte”, comentou.

Atualmente o Brasil possui 86 Indicações Geográficas registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sendo que 67 delas são da espécie Indicação de Procedência e 19 são da espécie Denominação de Origem. Entre elas, as panelas de barro de Goiabeiras, no Espírito Santo; o café da Região do Cerrado Mineiro; o queijo da Canastra, em Minas Gerais; a renda de Divina Pastora em Sergipe, os calçados de Franca, em São Paulo.

Desde 2003, o Sebrae atua no apoio à estruturação de Indicações Geográficas. Somente no ano passado, o Sebrae fez o diagnóstico de 120 territórios com potencial de reconhecimento e identificou que 80 deles têm potencial para obter o registro concedido pelo INPI nos próximos anos. Neste mês, Mamirauá, no Amazonas, região produtora do pirarucu manejado, conquistou, com o apoio do Sebrae, o título de Indicação Geográfica da espécie Denominação de Origem. A região produtora inclui comunidades ribeirinhas de nove municípios da região.

Na opinião do diretor-presidente da ABRIG, o Sebrae tem sido um importante parceiro na promoção e defesa das Indicações Geográficas. “É indiscutível o papel desempenhado pelo Sebrae para o reconhecimento das IGs. Queremos complementar esse trabalho maravilhoso dando o estímulo e apoio necessários para que os próprios produtores deem continuidade ao desenvolvimento das suas IGs", declarou.

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