Ações de biossegurança, para prevenir a Monilíase do Cacaueiro, avançam na divisa com o Acre
A reação imediata da Agência impediu que plantas e frutos suscetíveis à praga entrassem em território rondoniense, zerando o risco de contaminação das lavouras cacaueiras e de cupuaçu do grande polo produtor localizado no distrito de Nova Califórnia, região de Porto Velho. Logo nas primeiras 24 horas de operação, no posto fiscal da comunidade Tucandeira, na divisa do distrito de Nova Califórnia com o município de Acrelândia/AC, a Idaron abordou 130 veículos, um deles que tinha como origem a cidade de Cruzeiro do Sul, e apreendeu uma muda de citrus, 48 frutos de cacau, duas mudas de banana e sete mudas de coco. Todos eram transportados sem a documentação exigida pelo serviço de sanidade estadual.
Em pouco mais de uma semana, foi feito levantamento em 76 propriedades rurais e em 19 pontos na área urbana. O trabalho tem sido desenvolvido dia e noite, tanto na divisa com o Acre quanto na região fronteiriça com o Amazonas. De acordo com o levantamento da Idaron, todos os produtores rurais já ouviram falar da Monilíase e estão cientes da ação do Governo de Rondônia na prevenção à praga. “Além de inspecionar o plantio, os fiscais agropecuários orientaram os produtores quanto às medidas preventivas que podem ser adotadas para evitar a inserção da praga na lavoura. Todas as reuniões do projeto Reca, que engloba dezenas de agricultores, serão acompanhadas por profissionais da Idaron, para que seja constante o alerta sobre o risco da Monilíase, tanto à produção quanto à economia”, explicou Sirley Ávila Queiroz, gerente interino de Defesa Sanitária Vegetal.
Alinhamento de ações
A resposta rápida do Governo de Rondônia, para mitigar o risco de contaminação da lavoura cacaueira do estado, foi destaque na reunião virtual sobre o foco de Monilíase no estado do Acre, realizada no último dia 14. Visto o estado de emergência sanitária vegetal instalado e os prejuízos econômicos que podem ocorrer caso a praga se alastre, o Governo do Estado da Bahia, o maior produtor de cacau do Brasil, solicitou a reunião para o alinhamento das ações fitossanitárias em curso como política estratégica de governo. Na oportunidade, o governo baiano parabenizou o serviço sanitário de Rondônia pelas ações já adotadas para prevenção e combate à Monilíase.
Medida
Para alertar a população sobre a importância das medidas fitossanitárias adotadas, a Agência Idaron também editou a Portaria nº 481, de 09 de julho de 2021, que, dentre outras ações, proibiu a entrada, o trânsito e o comércio de material vegetal oriundo de regiões onde a praga Moniliophthora roreri está presente, sem a devida documentação que comprove a origem e a adoção dos procedimentos necessários para a certificação fitossanitária.
A proibição também se aplica aos materiais vegetais que apresentarem sinais ou sintomas de Moniliophthora roreri observados pela fiscalização, mesmo que acompanhados dos documentos exigidos pela Idaron.
Para ter livre acesso ao território rondoniense, as mudas e partes propagativas de espécies vegetais de hospedeiros da Moniliophthora roreri devem ser provenientes de viveiros registrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas, do Mapa (Renasem/MAPA) ou cadastrados na Idaron, quando de Rondônia.
Fonte: Idaron