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Produção de bananas deve manter estabilidade para a safra de 2021
Banana produzida em Rondônia é comercializada em feiras livres e também é destinada à merenda escolar

Publicado 16/07/2021

Foto: Daiane Mendonça e Ésio Mendes

A estiagem e o frio abrupto, embora temporário, não causarão déficit na produção de bananas em Rondônia comparando os números de 2020 à projeção deste ano. A previsão de estabilidade, firmada pelo Governo de Rondônia, tem base nas informações geridas pelo Agrodados, setor de validação das referências aportadas à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e que envolvem todas as espécies de lavouras.

A produção de banana nesta safra deve apresentar o mesmo desempenho observado na de 2020, com estabilidade também na área colhida e na produtividade. De janeiro até maio, a variável da produção regional marcou as mesmas 84.091 toneladas, crescendo em junho, quando alcançou 84.107. O Valor Bruto de Produção (VBP) está estipulado em R$ 170 milhões no estado.

Os municípios de Buritis, Governador Jorge Teixeira e Porto Velho figuram como as principais cidades produtoras da fruta mais consumida no Brasil. O trio foi responsável por 41,3% da produção total do ano passado em Rondônia, de acordo com apontamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançado em 2020.

Washington de Oliveira é produtor da cultura na região do Baixo Madeira e conta que iniciou o plantio há mais ou menos três anos, produzindo as variedades de banana prata, da terra, também conhecida popularmente como “comprida” ou “banana de fritar”. E ainda a missouri que, na visão dele, tornou-se espécie melhorada através de pesquisas realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Na outra ponta, ou seja, no polo do consumo, a Embrapa também reforça as propriedades nutricionais da banana. É boa fonte energética, possuindo alto teor de carboidratos – amido e açúcares. Contém ainda teores consideráveis de vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (riboflavina) e C e de sais minerais como potássio, fósforo, cálcio, sódio e magnésio, além de outros em menor quantidade.

ESCOLAR

O produtor Washington de Oliveira possui 800 mil covas de bananas em sua propriedade rural e a colheita envolve, anualmente, algo próximo a quatro toneladas do produto. Ele vende a colheita em comércio próprio, mas também as encaminha ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), federal e estadual, conservando, por fim, contratos com distribuidoras.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o PAA possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. “Para o alcance desses dois objetivos, o Programa compra alimentos produzidos pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e os destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial e pelos equipamentos públicos de alimentação e nutrição”, versa o organismo federal.

Regionalmente, também na visão do produtor, a venda da banana fortalece a agricultura familiar e, em seu caso específico, possibilita “pagar as contas e ainda sobra um pouquinho para investir na propriedade em outras produções”, revela Wastington de Oliveira.

Ele ainda conta suas preferências sobre período para o plantio, além de explicar como ele é feito. “Eu particularmente faço o plantio no início do inverno, assim as mudas não sofrem muito. São utilizadas covas fundas com espaços entre elas de três ou quatro metros”, indicou.

O produtor indicou que o Governo do Estado de Rondônia contribui com a produção, na região de Cujubim, quando promove a manutenção das estradas para o escoamento das produções feitas no local.

Além disso, o transporte das cargas, lembra ele, é adquirido pelo Estado, por meio da Seagri, e entregue à Secretaria de Cultura e Abastecimento (Semagric), pertencente ao Município de Porto Velho, pasta que, por sua vez, também mantém sob sua incumbência as operações de logística.

Essa interação entre células de diferentes níveis da Administração Pública, esclarece a Seagri, propicia o escoamento das bananas às feiras livres ou ao próprio Mercado do Km 1 no perímetro urbano da Capital. 

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