Três pacientes de Covid são “extubados” em Vilhena e bebê cuja mãe respirava por aparelhos foi recebê-la na saída do hospital
Menina que nasceu prematura recebeu o nome de “Luna”
Desafiando a lógica segundo a qual a maior parte dos pacientes de Covid-19 que são intubados acaba não sobrevivendo à doença ou ao procedimento, um homem e duas mulheres, todos contaminados pelo novo Coronavírus, que estavam respirando com ajuda mecânica no Hospital Regional de Vilhena foram “desligados” do ventilador neste sábado, 05.
Um desses doentes é F. J. de P., 39 anos, morador do bairro Jardim Acácia, que voltou para casa após 12 dias de internação. Ele precisou ser intubado após seu quadro se agravar, mas reagiu bem ao tratamento e, após 5 dias, saiu da UTI.
Outra paciente, de 24 anos, também saiu do tubo, mas continuará na UTI, se recuperando. Ela é moradora do bairro do Setor 19, e ficou intubada por 6 dias, mas já está em leito clínico e receberá alta neste domingo, 06.
Porém, o caso mais emocionante é o da gestante J. A. de A., de 26 anos, moradora do bairro Bodanese e funcionária do frigorífico JBS, em Vilhena. Ela teve o bebê, uma menina que nasceu prematura, com 35 semanas e, no dia seguinte, precisou ser intubada.
A garotinha, que recebeu o nome de Luna, foi mantida na incubadora do próprio Hospital Regional até que ganhasse peso e ficasse fora de risco. Ela foi levada neste sábado e, na saída da “UTI Covid”, recepcionou a mulher que a trouxe ao mundo que passou mais de 20 dias lutando pela própria vida.
E a luta da jovem mãe foi mesmo dura: após 12 dias intubada, Jaqueline foi retirada da ventilação mecânica, mas dois dias depois, o procedimento precisou ser repetido. Após sair novamente da intubação, ela foi submetida a uma traqueostomia, mas venceu todas as lutas para rever a filha.
EXTUBAÇÃO
Esse é o nome que os médicos usam para o procedimento de retirada dos pacientes da ventilação mecânica. A sedação dos doentes é retirada e, estando eles estáveis, o tubo também é extraído. Após esse processo, os “extubados” passam a respirar sem a ajuda de aparelhos.
Fonte: Folha do Sul