AltoAlegreNotícias

AltoAlegreNotícias

Estudantes brasileiros entre os melhores do mundo na robótica
Torneios mundiais F1 in schools, FRC e Global Innovation Awards acontecem on-line em junho com a participação de equipes do Brasil. Aluna do SESI/SENAI de Campinas concorre a competidor destaque

Por fiero
Publicado 02/06/2021

FOTO: REPRODUÇÃO /portaldailha

Estudantes brasileiros estão entre os finalistas de importantes competições mundiais de robótica que acontecem em junho de maneira remota: a FIRST Robotics Competition(FRC), o Global Innovation Awards (GIA) e o F1 in schools. Conheça os torneios e as equipes que vão competir:

FRC: robôs de até 55 kg e 1,5 metro de altura

A FIRST Robotics Competition é a categoria mais complexa entre as competições de robótica da FIRST, organização internacional sem fins lucrativos fundada em 1989 que promove diversos torneios. Nela, alunos de 14 a 18 anos do ensino médio constroem e programam robôs de grande porte, que chegam a 55 kg e 1,5 metro de altura, para realizar tarefas na arena.

O regional da América Latina, ocorreu dia 11 de maio, e consagrou quatro equipes brasileiras em diferentes premiações: a Megazord 7563, do SESI/SENAI de Jundiaí (SP); a Nióbio 7566, do SESI/SENAI de Campinas, Hortolândia e Valinhos (SP); a Under Control 1156, do Colégio Marista Pio XII de Novo Hamburgo (RS); e a MagicIsland 5800, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

A Nióbio levou a Skills Competition, que, neste formato on-line, substituiu a partida em quadra. Participaram 1.302 equipes de diferentes países, divididas em 52 grupos, que enviaram os vídeos dos robôs completando as missões pré-estabelecidas pela organização. O grupo da Nióbio contava com competidores do México, Singapura, Turquia, Israel e Estados Unidos, sendo ela a única representante da América Latina e do Caribe na lista dos 52 campeões.

Uma de suas integrantes, a Vanessa Mendes Vieira da Silva, foi premiada ainda na Dean’s List, categoria individual que reconhece os competidores de destaque. “Quando entrei no SESI, no 1º ano, e tive meu primeiro contato com a robótica foi um choque, porque não conhecia nada. Logo no início do ano, fizeram um tour no fab lab, e eu falei ‘quero ser parte disso’. Mesmo não podendo viajar neste ano, a gente teve contato com juízes de fora pela internet. Mudou a minha percepção das coisas, amadureci”, acredita Vanessa.

Ela e o jovem Bruno Nunes Toso, mentor da Under Control 1156 indicado ao Woodie Flowers – outra premiação individual, aos melhores mentores –, vão passar por mais uma rodada de apresentações, na primeira quinzena de junho, para disputar o título mundial, que será anunciado em 26 de junho.

A equipe do Bruno, Under Control 1156, é ainda representante da América Latina no prêmio mais tradicional, o Chairman’s, que consagra o trabalho da equipe nos últimos três anos. “Com o trabalho on-line, conseguimos aproveitar para desenvolver outras habilidades como equipe. Chegamos em um nível muito industrial, com a máquina mais complexa, tanto que vencemos uma categoria técnica, de Design. Na hora de montar o robô, já tínhamos o projeto pronto, estruturado, e foi mais organizado”, destaca.

Global Innovation Awards

A equipe Megazord 7563, do SESI/SENAI de Jundiaí (SP), foi consagrada uma das 20 finalistas da categoria FRC no Global Innovation Awards (GIA) – anunciado emvídeo pela FIRST. Participaram da disputa 882 times de cerca de 110 países. Em razão da pandemia, a competição segue on-line, com anúncio dos vencedores no dia 30 de junho também no canal da FIRST no YouTube.

O GIA é o maior prêmio de inovação da robótica educacional, que destaca os melhores projetos e protótipos para problemas do mundo real dentro do tema definido para a temporada, que neste ano está relacionado à prática de atividades físicas. As propostas precisam demonstrar originalidade e viabilidade.

Na outra categoria do GIA, a FIRST LEGO League Challenge (FLL) – em que estudantes de 9 a 16 anos usam programação para movimentar robôs feitos de LEGO – duas equipes representam o Brasil: a SESI Big Bang, de Birigui (SP), formada apenas por meninas; e a SESI Biotech, de Barra Bonita (SP).

Conheça os projetos finalistas do GIA

- Megazord, de Jundiaí: Personal Robot, um robô compacto utiliza inteligência artificial para auxiliar a prática esportiva. Além de incentivar, ele apresenta treinos específicos e verifica se os movimentos da pessoa estão corretos.

- SESI Biotech, de Barra Bonita: Move Bag, uma mochila que, com elásticos e pequenos adereços, possibilita uma grande variação de exercícios, trazendo benefícios físicos, psicológicos e fisiológicos. Além de multifuncional, a mochila é sustentável, já que é feita de materiais reaproveitados.

- SESI Big Bang, de Birigui: Figlove, uma faixa inovadora utilizada na palma da mão, capaz de reduzir ou minimizar as dores das pessoas durante a prática do exercício, possibilitando maior tempo e intensidade na atividade.

F1 in Schools

Parte de um projeto internacional da Fórmula 1, a competição é voltada para estudantes de 9 a 19 anos, que formam equipes de três a seis integrantes para enfrentar desafios reais da modalidade. Como as escuderias Ferrari, Mercedes e McLaren, os competidores assumem as funções de gerenciamento, marketing, engenharia e design, além de projetar, modelar, testar e colocar em movimento um protótipo de carro de F1.

Em uma das provas, o objetivo é cruzar a pista de 20 metros na maior velocidade – os carros, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h. Nesta temporada 2019/2020, que teve o calendário adiado em razão da Covid-19, as 44 equipes de mais de 15 países participarão de 15 sessões de Zoom interativas, entre os dias 4 e 8 de junho.

Durante o evento, que também será transmitido ao vivo no YouTube, os competidores conversarão com o mestre de cerimônias sobre seus carros. O Brasil será representado por quatro equipes: a Spark, da Escola S de Criciúma (SC); a Brazilian Six, do Colégio Vértice, em São Paulo (SP); a Team Tachyon, da FourC Bilingual Academy, em Bauru (SP); e a Pocadores, do SESI Jardim da Penha (ES), que vai se juntar a estudantes da Grécia e compor a equipe Zenna.

“Sabemos que não é uma coisa fácil, a gente vai disputar com jovens muito qualificados, de diversos lugares do mundo, com escuderias pesadas. Pessoas da Austrália, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha. Mas somos capazes, vamos representar muito bem o Brasil lá fora”, garante Pedro Lage, 18 anos, da Spark. A equipe, criada em 2018, foi campeã do Festival SESI de Robótica em março do ano passado, garantindo assim um lugar no mundial.

Gostou do conteúdo que você acessou? Quer saber mais? Faça parte do nosso grupo de notícias!
Para fazer parte acesse o link para entrar no grupo do WhatsApp:

Fonte: fiero