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No dia 3 de maio, Adir de Lima Pimentel, que vai completar 82 anos no próximo dia 18, recebia a segunda dose da vacina Astrazeneca. Ela foi uma das primeiras pessoas, moradoras de Porto Velho, do grupo de 80 anos ou mais a receber a vacina, ainda no dia 2 de fevereiro: foi a terceira a ser atendida, no primeiro dia de vacinação de seu grupo e contou com a animação da equipe de profissionais da Saúde que estava de plantão na escola João Bento da Costa e que também estavam felizes em poder levar esperança no combate à doença.

A vacinação de Adir foi possível, graças ao envolvimento e atenção de sua filha, que estava atenta ao período previsto para a vacinação, levou a mãe e claro, registrou, para guardar como memória de um momento bastante aguardado.

“Ela não estava com medo. Estava antenada, queria muito ser vacinada, ela é feliz e tem muita vontade de viver, ainda mais agora que tem uma bisneta bebê”, narra a professora Marília Pimentel, filha de Adir.

Marília explica que houve uma mobilização para que a vacinação da mãe se tornasse realidade o mais rápido possível. “Quando soubemos que iria iniciar o agendamento ficamos atentos ao site. No dia da vacinação, chegamos meia hora antes do atendimento ser iniciado. Estávamos muito felizes e ansiosos”, lembra.

Adir tem duas filhas, nove netos e sete bisnetos. Ela é aposentada da Segurança Pública do Estado de Rondônia. Trabalhou até os 63 anos e se aposentou em 2003. Ativa, acompanha todas as notícias relacionadas à covid-19 e diz que já deu conselhos para as pessoas se vacinarem.

“O que eu queria era que já tivesse vacina pra todo mundo. É uma doença nova, que veio para desorganizar o mundo, por isso eu decidi tomar sim. Tem tanta gente que já tomou e não aconteceu nada e foi assim comigo também. Por isso eu digo para as pessoas tomarem, não precisa ter medo”, aconselha.

A fala de Adir – sobre tomar a vacina – aliada ao cuidado e dedicação de sua filha são ressaltadas pela diretora geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Ana Flora Gerhardt, que também defende que a vacina contra a covid-19 deve ser tratada com prioridade nesse momento pandêmico. “Isso é uma verdadeira prova de amor: a atenção dos filhos em levar suas mães, pais ou avós para receber uma vacina tão importante e esperada quanto esta”, pontua.

Ana Flora lembra da atenção quanto à segunda dose. “No caso de Adir, ela recebeu a Astrazeneca, por isso levou três meses para tomar a segunda dose. Geralmente, o retorno é informado no cartão de saúde, é importante ficar atento. A segunda dose é tão importante quanto a primeira”, reforça.

VACINAS 

Até o momento, o Estado de Rondônia recebeu do Ministério da Saúde, 476.968 vacinas para serem aplicadas no público previsto na campanha de vacinação, que já está em sua terceira etapa. Já receberam primeira e segunda doses da vacina, idosos de 80 anos ou mais, idosos institucionalizados de 60 anos ou mais, indígenas aldeados e está em curso a vacinação de profissionais de Saúde, da Segurança Pública, pessoas com comorbidades, grávidas e puérperas, que são as mães de bebês com até 45 dias de nascidos.