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Mulheres fazem ato para denunciar o feminicídio
No primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil: média de 108 mortes por mês.

Publicado 26/03/2021

Foto: Reprodução / Diário da Amazônia

O assassinato de mulheres cresce diariamente no Brasil. No primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram vítimas de feminicídio – uma média de 108 mortes por mês. A maioria das vítimas é negra.

Para denunciar a omissão do Estado e exigir medidas efetivas de proteção à vida, mulheres de todo o Brasil se uniram no Levante Feminista Contra o Feminicídio, e lançaram a campanha nacional “Nem Pense em Me Matar – Quem Mata uma Mulher Mata a Humanidade!”.

O grupo construiu coletivamente um manifesto, lançado em 12 de março, que já reúne 27 mil assinaturas. O texto pontua a existência de uma “cultura de ódio” direcionada às mulheres brasileiras, e destaca que a prática do crime de feminicídio “nunca esteve tão ostensiva e extremista”. O manifesto ressalta ainda a pandemia de Covid-19 como fator agravante.

Rondônia

No estado, 202 mulheres foram assassinadas de 2016 a 2021. O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (CMDDM), de Porto Velho, realizou nesta quinta-feira (25) atos públicos em diferentes locais da cidade, com faixas e distribuição de material de campanha orientando e alertando sobre o problema. O ato público foi pela segurança pública e campanha para elevar a autoestima das mulheres.

A representante do CMDDM de Porto Velho, Izabel Cristina, disse que o “Levante Rondônia” foi importante para despertar os poderes porque o problema no estado é grande. Também destacou a importância de ampliar a Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar, uma vez que grande parte das ocorrências surge no entorno da cidade, dificultando os acessos.

Redes sociais

A fim de chamar a atenção para a campanha, o grupo promoveu um “tuitaço”, com a hashtag #NemPenseEmMeMatar, para denunciar o aumento no número de crimes de gênero e pedir o fim da violência contra a mulher.

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