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Pesquisa indica que 52% dos consumidores buscam produtos de proteína vegetal
Segundo o levantamento, outros 42% também gostariam de experimentar produtos plant-based; companhias veem oportunidades

Publicado 01/12/2020

Pixabay/Fotorech

Pesquisa realizada pela Archer Daniels Midland (ADM) junto ao Ibope DTM apontou que 52% dos consumidores adotam o estilo de vida flexitariano – pessoas que procuram, conscientemente, ingerir alimentos e/ou bebidas à base de proteína vegetal.

Pelo menos 5 em cada 10 entrevistados já consumiram produtos plant-based, 32% consumiriam novamente e 18% afirmaram consumir sempre ou de vez em quando, segundo a pesquisa. Os dados revelaram ainda que 45% nunca experimentaram produtos à base de proteína vegetal, mas 42% se interessam em experimentar, “o que indica grande potencial de criação de uma demanda maior vinda de futuros consumidores”, disse a ADM, em nota.

Em relação aos sanduíches à base de plantas, 29% dos consumidores já experimentaram, 16% consumiriam outra vez e 11% afirmaram consumir sempre ou de vez em quando. Entre aqueles que nunca experimentaram – 70% da amostra -, 65% relataram ter interesse em experimentar.

“Estamos trabalhando intensamente para estabelecer posições de liderança junto às principais áreas de crescimento, e o segmento de proteínas alternativas é um dos que mais crescem”, disse Roberto Ciciliano, presidente de Nutrição Humana Latam da ADM, no comunicado.

O executivo destacou que a empresa tem, em seu portfólio, derivados de plantas, grãos, extratos botânicos, sabores e aromas que entregam “soluções de alta performance” aos clientes, de acordo com as demandas dos consumidores.

Tendências para o consumo de proteína vegetal

A etapa quantitativa da pesquisa teve 2 mil pessoas entrevistadas em julho deste ano. Durante a etapa qualitativa, que ocorreu no fim de julho, foram realizadas quatro discussões em painéis específicos nos quais os públicos foram separados por grupos de afinidade: veganos, vegetarianos, flexitarianos e rejeitadores de produtos derivados de plantas. Houve ainda uma segunda etapa quantitativa para identificar momentos de consumo.

Segundo a gerente de Marketing de Nutrição Humana Latam da ADM, Alessandra Mattar, à frente da pesquisa, os entrevistados de perfil flexitariano revelaram que existe o desejo de consumir produtos de base vegetal semelhantes às versões em proteína animal, mas ponderaram o risco de frustração que pode influenciar o processo de decisão e escolha.

“Então, se não é possível ter um produto de fato semelhante, muitos flexitarianos preferem aqueles que não se proponham a imitar, mas que tenham sua própria identidade de sabor, textura e, até mesmo, que sejam originais inclusive em seus nomes”, disse Alessandra.

A pesquisa revelou, ainda, que o principal momento de consumo dos substitutos cárneos derivados de plantas é o almoço, seguido pelo jantar. “Ficou claro que os consumidores estão interessados não somente no icônico hambúrguer, mas também estão abertos a novas opções, como os petiscos de base vegetal pré-prontos, trazendo uma clara associação da busca por conveniência com uma alimentação indulgente e mais equilibrada”, disse a gerente de Consumer Insights do Ibope DTM responsável pela condução da pesquisa, Patricia Conde, na nota.

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Fonte: Canal Rural