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Mais de R$ 2 milhões são destinados pelo Programa de Aquisição de Alimentos Federal para atender famílias em vulnerabilidade do Estado de Rondônia
O lançamento da nova proposta ocorreu no Centro de Referência de Assistência Social (CRAs Cotinha), em Porto Velho

Publicado 03/10/2020
Atualizado 03/10/2020

Foto: Sara Cicera e Helena Regina

Na quarta-feira (30), o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), realizou o lançamento da nova proposta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Federal, que visa atender no período de pandemia do novo coronavírus, 25 municípios de Rondônia com maiores índices de famílias em vulnerabilidade alimentar e nutricional, que constam no Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (Mapa/Insan 2018). O Ministério da Cidadania disponibilizou um recurso de mais de R$ 2,9 milhões para serem distribuídos entre os municípios.

O PAA é uma ação do Governo Federal, coordenada pela Coordenadoria da Agricultura Familiar (Cafamiliar) da Seagri, em parceria com a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) e prefeituras municipais, para colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. Em Rondônia, o Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania, já investiu através do PAA Federal cerca de R$ 60 milhões na compra de produtos de mais de cinco mil produtores da agricultura familiar, nos 52 municípios do Estado, totalizando mais de 16 mil toneladas de produtos. Desde o início do programa, aproximadamente 100 mil pessoas em todo o Estado já foram beneficiadas com a doação dos alimentos.

O lançamento da nova proposta ocorreu no Centro de Referência de Assistência Social (CRAs Cotinha), localizado na zona sul de Porto Velho, com a participação de produtores, entidades, líderes de associações e representantes da Seagri e Emater. Neste ano de 2020, já foi executada uma proposta de R$ 5 milhões até agosto, totalizando quase R$ 8 milhões de recursos do PAA Federal.

A capital Porto Velho foi um dos municípios contemplados com o recurso emergencial, no valor de R$ 509 mil. De acordo com o coordenador da Agricultura Familiar, Victor Paiva, 19 entidades socioassistenciais que atendem idosos, refugiados, moradores de rua, crianças, grupos familiares nos municípios, entre outros, e 63 produtores da agricultura familiar da região, serão beneficiados com o recurso do PAA Federal. Durante o lançamento em Porto Velho, 23 produtores já comercializaram seus produtos, totalizando mais de sete mil quilos de alimentos, entre eles, hortaliças, banana, macaxeira e peixe.

“O programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção e, em contra partida, atende diretamente pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional”, ressaltou Victor Paiva.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores Nova Aliança, Wanderlei Antero, mais conhecido como Chocolate, o recurso proveniente do PAA é um grande incentivo para o desenvolvimento da agricultura no setor chacareiro de Porto Velho e uma forte fonte de renda para os produtores. “O produtor é o grande responsável por colocar alimento na mesa das famílias e o PAA, além de ser uma grande motivação, também dá segurança para o produtor produzir e escoar sua produção, é mais uma força para as famílias que trabalham no campo. É muito triste plantar, produzir e não saber para onde escoar. O apoio do Governo tem ajudado muitas famílias”, destacou.

Antônia Freitas, moradora do distrito de São Carlos, no Baixo Madeira, é uma das contempladas do Programa e diz estar muito feliz por ter apoio onde possa entregar seus produtos. “O PAA incentiva a gente a produzir mais, pois temos onde entregar nossa produção. Com o PAA a gente planta, tiramos o alimento para o nosso sustento, aumenta nossa renda e ainda ajuda o próximo. Fico muito feliz com esse apoio do Governo e quero aumentar ainda mais a minha produção”, disse Antônia.

A agricultora do setor chacareiro, Ana Regiane, produz inhame, milho verde, hortaliças, cará e agora pretende investir na piscicultura. “Nós temos um pequeno tanque de peixe para consumo de casa, mas agora descobrimos que podemos entregar peixe ao PAA. Queremos aumentar nossa produção e vamos correr atrás do licenciamento para comercializar o peixe. Com esse recurso do PAA nós podemos investir em nossa produção e o que sobrar a gente investe dentro de casa”, contou.

Melancia, milho, banana, macaxeira e abóbora são alguns dos alimentos que Miraci Souza, moradora da comunidade Cavalcante, no Baixo Madeira, produz em sua propriedade. Segundo ela, a renda do PAA é muito importante para fortalecer a produção dos pequenos agricultores da localidade.

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