Porto do Rio faz 110 anos e busca mais competitividade e eficiência
Secretário destaca planejamento estratégico para alcançar objetivo
A busca de mais competitividade é um dos objetivos do Ministério da Infraestrutura para o Porto do Rio de Janeiro, que completou hoje (20) 110 anos. O secretário executivo da pasta, Marcelo Sampaio, destacou que o planejamento estratégico é uma ferramenta importante para alcançar esse objetivo.
“A nossa ambição, como governo, como Ministério da Infraestrutura aqui, é promover a modernização da nossa infraestrutura nacional, com o intuito de aumentar a competitividade internacional do país e melhorar a qualidade de vida da nossa população”, disse Sampaio, durante conferência virtual comemorativa do aniversário do Porto do Rio.
De acordo com o secretário, o ministério tem trabalhado com planejamento alinhado para o setor portuário, que está colocado na Agenda Pró-Brasil, que procura desburocratizar as normas vigentes e criar um ambiente favorável a investimentos públicos e em parceria com o setor privado.
Privatização
Sampaio afirmou que o objetivo é tornar os portos mais eficientes, o que, segundo ele, passa pela privatização dos equipamentos públicos.
O secretário ressaltou que a ideia era começar pela privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Condesa), “até para testar o modelo”. O esforço visa tornar a Companhia Docas menor, mais simples em termos de portabilidade e mais saudável em termos de contabilidade. Sampaio informou que há um movimento que defende a privatização em conjunto da Companhia Docas de São Paulo (Codesp) e da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), que administra o Porto do Rio.
“Este é, sem dúvida, o futuro para a Companhia Docas do Rio”, disse o secretário. Para isso, terá de ser concluido o trabalho de saneamento da empresa, de modo a torná-la mais eficiente, acrescentou.
O diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários e presidente do Conselho de Administração da Companhia Docas do Rio, Dino Antunes Dias Batista, reiterou que trazer eficiência para a atividade portuária é um dos trabalhos efetuados pelo ministério.
Batista disse que a profissionalização da gestão das companhias Docas é um dos caminhos importantes para se alcançar essa meta, salientou.
Conquistas
O diretor-presidente da Companhia Docas do Rio, Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira, citou, entre as conquistas recentes da empresa para o Porto do Rio, os investimentos em alta tecnologia para a melhoria dos acessos aquaviário e terrestre ao porto. Ele destacou a navegação noturna pelo Canal de Cotunduba, que está em fase de testes. O canal não precisa de dragagem, não tem assoreamento (acúmulo de sedimentos) e poderá ser usado à noite pelos navios.
Laranjeira citou também as manobras experimentais (ramp up) dos navios de 336 metros de LOA (length overall, medida que indica o comprimento máximo da embarcação) ; o Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code, do inglês International Ship and Port Facility Security Code) e a elevação dos níveis de segurança portuária; a implantação do sistema de calado dinâmico, que vai aumentar a movimentação de carga, e do Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações (VTMIS), visando ao aumento da segurança da navegação; além da informatização do sistema de controle do acesso de veículos e pessoas.
Segundo Laranjeira, até o terceiro trimestre do ano que vem, a primeira fase de implantação do Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações deverá estar concluída, em parceria com o Ministério da Infraestrutura.
Outro assunto foi a construção da Avenida Portuária, via exclusiva para caminhões que ligará a Avenida Brasil ao porto e que deverá ampliar em cerca de 50% o movimento no local. Laranjeira citou ainda a renovação da concessão da MRS, que poderá incluir projetos para aumentar a capacidade do porto pelo modal ferroviário; a melhoria da gestão da Autoridade Portuária; o projeto de urbanismo Rua Walls, que prevê a pintura artística de alguns armazéns do porto, ao longo de 1,5 quilômetro do Cais da Gamboa, neste semestre. A companhia fará ainda arrendamentos para carga geral, granéis líquidos e apoio offshore (no mar).
Durante o evento, promovido pela Companhia Docas do Rio em parceria com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Rio de Janeiro (Sindoperj) e as empresas arrendatárias do porto, foi lançada a versão digital do livro Porto do Rio Século XXI. Produzido pela Secretaria de Transportes do Estado e pelo Sindoperj, o estudo tem apoio da acompanhia Docas e apresenta projetos considerados prioritários para a melhoria do porto.
Fonte: Agência Brasil