AltoAlegreNotícias

AltoAlegreNotícias

Militares reforçam pressão para Pazuello pedir reserva, mas criticam fala de Gilmar
O general do Exército foi nomeado ministro interino da Saúde no começo de junho.

Publicado 13/07/2020

Foto: GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO

As críticas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes durante o final de semana, afirmando que o Exército está se associando a um “genocídio” por conta da condução do Ministério da Saúde durante a pandemia do coronavírus, repercute nos bastidores do governo.

Militares voltaram a pressionar o general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde desde o início de junho, a pedir reserva -- assim como fez o general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de governo, no começo do mês. Generais da ativa querem se descolar da imagem de que há uma confusão entre o Exército e a política. Mas, com Pazuello na ativa, a estratégia é malsucedida. Segundo aliados de Bolsonaro, Pazuello já tinha sinalizado que pediria reserva no final do mês.

Com as críticas de Gilmar, integrantes do governo defendem que Pazuello peça reserva para blindar o Exército de críticas de que se mistura com a política.

As críticas de Gilmar, no entanto, irritaram o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que discute uma nova resposta ao ministro do STF. No fim de semana, o Ministério da Defesa já havia respondido a Gilmar (veja íntegra da nota mais abaixo).

Ao blog, o vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira (13) que críticas a respeito da gestão do governo Bolsonaro na Saúde são “válidas”, mas que o termo usado pelo ministro do STF Gilmar Mendes a respeito do Exército foi “fora do tom”.

“Pode criticar a gestão, ele está no direito dele. Mas os termos foram fora do tom, foi infeliz”, disse o vice.

Nota do Ministério da Defesa

"O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros. São empregados, diariamente, 34 mil militares, efetivo maior do que o da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, com 25.800 homens. O MD tem o compromisso com a saúde e com o bem-estar de todos o brasileiros de norte ao sul do País. A mobilização desta Pasta começou no dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Regresso à Patria Amada Brasil. Na ocasião, foram resgatados 34 brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro."

Gostou do conteúdo que você acessou? Quer saber mais? Faça parte do nosso grupo de notícias!
Para fazer parte acesse o link para entrar no grupo do WhatsApp:

Fonte: G1