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Revelações da base do Fluminense, como Marcos Paulo, Evanilson e Miguel, perderam espaço na equipe desde o retorno dos jogos do Campeonato Carioca. No último domingo, no empate em 0 a 0 com o Botafogo, que deu a classificação para a final da Taça Rio, o técnico Odair Hellmann optou por começar com os dois primeiros no banco, enquanto o último não foi relacionado.

Antes da paralisação em razão da pandemia do novo coronavírus, Marcos Paulo (19 anos) e Evanilson (20 anos) costumavam formar o trio de ataque do Tricolor com Wellington Silva. Enquanto Miguel (17 anos) vinha alternando entre ser relacionado e ficar fora da lista, tendo sido titular no começo do ano quando a equipe possuía muitos desfalques.

Na primeira partida após a volta das competições – derrota para o Volta Redonda por 3 a 0 –, MP e Evanilson iniciaram como titulares e foram substituídos no decorrer dos 90 minutos. No segundo jogo – empate com o Macaé em 0 a 0 –, Odair manteve MP, mas preferiu escalar apenas um centroavante, dando preferência ao ídolo Fred, única contratação – e de peso – durante o período sem jogos.

Já contra o Botafogo, o treinador, por questões táticas, escalou Dodi no lugar de Marcos Paulo, buscando dar mais consistência ao meio de campo tricolor. Miguel, por sua vez, jogou alguns minutos contra o Volta Redonda e não foi relacionado nas duas partidas seguintes.

- Fizemos o melhor jogo dos três. Jogo bastante consistente, estrutura bem sólida. Tomamos poucos contra-ataques. Fizemos uma mudança de estrutura que deu resposta positiva. Nossas avaliações foram boas - avaliou Odair após a partida.

Os três jovens, assim como praticamente todos os jogadores do Fluminense, tiveram atuações discretas nos minutos que tiveram em campo nestas três partidas. Vale ressaltar que o time tricolor, em razão dos poucos treinos na volta, não tem apresentado o mesmo nível do começo do ano. Antes da parada, porém, o trio tinha bons números.

Marcos Paulo e Evanilson são vice-artilheiros do Fluminense na temporada, com cinco gols cada um, atrás apenas de Nenê, que balançou as redes nove vezes. MP tem também dois passes para gol. Já Miguel, mais jovem do trio, foi titular em alguns jogos no começo da temporada em razão do excesso de desfalques. O calouro da turma não chegou a balançar as redes, mas já deu quatro passes para gol.

Concorrência e números dos jogadores de frente do Flu

A concorrência no setor ofensivo do Fluminense é grande. Marcos Paulo vem sendo utilizado como ponta, setor que conta com nomes como Wellington Silva, Fernando Pacheco e Caio Paulista. O jovem, porém, teve suas melhores exibições quando atuou mais pela zona central do meio de campo. Nesta posição, porém, Nenê, destaque no Flu no ano, tem tido prioridade. Ganso e Michel Araújo tem sido escolhidos como opções no banco para o setor. Neste cenário, Miguel tem ficado de fora.

Já para a posição de centroavante, Evanilson tem a concorrência de ninguém menos que Fred, um dos maiores ídolos da história do clube. O jovem atacante chegou a ser utilizado pelos lados contra o Volta Redonda, mas sua especialidade é jogar centralizado no ataque.

Joias são os principais ativos do Fluminense

O aproveitamento dos garotos de Xerém e as opções táticas na busca por competitividade são um dilema que o Fluminense precisa conciliar. O clube enfrenta dificuldades financeiras e em entrevistas recentes, o presidente Mário Bittencourt nunca escondeu que precisará vender jogadores para dar um alívio no caixa. Do atual elenco, Marcos Paulo e Miguel são os principais ativos do clube, que detém 100% dos direitos econômicos do primeiro, e 90% do segundo. Já Evanilson é revelado em Xerém também, mas passou a pertencer a Tombense.

Marcos Paulo tem contrato com o Fluminense até junho de 2021. O vínculo de Miguel é mais longo, vai até junho de 2022. Evanilson, por sua vez, está emprestado até o fim do ano que vem.

Final da Taça Rio contra o Flamengo

O técnico Odair Hellmann terá apenas o treino desta terça-feira para montar o time do Fluminense que enfrentará o Flamengo na decisão da Taça Rio, nesta quarta, às 21h30, no Maracanã. O time tricolor terá um enorme desafio pela frente: não só pela qualidade técnica, mas também pelo superior condicionamento físico do adversário. A equipe rubro-negra voltou a treinar presencialmente 32 dias antes do que a tricolor, uma vez que o Flu, desde o início da discussão, se mostrou contrário ao retorno das atividades em meio ao quadro crítico da pandemia do novo coronavírus e voltou a jogar contra seu desejo.