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Produtores de inhame estão encerrando a colheita e comemoram os resultados em Rondônia
Houve um aumento do valor pago ao produtor de quase 40% em relação ao ano passado

Publicado 26/06/2020

Foto: Arquivo Emater

O mês de junho tradicionalmente é o mês de encerramento da colheita do inhame em Rondônia, mas em 2020 foi especial porque o clima facilitou o desenvolvimento da cultura e os preços ajudaram a completar o cenário com um aumento do valor pago ao produtor de quase 40% em relação ao ano passado. O quilo do inhame São Tomé de primeira, que no ano passado foi vendido a oitenta centavos, este ano alcançou preços de até R$ 1,20.

Para a Associação dos Agricultores Familiares e Produtores de Inhame de Alvorada do Oeste, (AAFEPIA), “apesar da pandemia, a safra deste ano foi um sucesso para os inhameiros da BR 429”, diz Jose Branco presidente da AAFEPIA.

“Os extensionistas da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) acompanham a produção de inhame na região do vale do Guaporé desde a década de noventa, quando a espécie começou a ser cultivada comercialmente no município de São Francisco do Guaporé, e de lá pra cá a cultura tem experimentado um excelente desenvolvimento tecnológico com a consequente resposta produtiva, hoje alcançando produtividades acima de 25 toneladas por hectare”, diz o engenheiro agrônomo Flavio Gonçalves Gomes gerente da Emater-RO para a região do Vale do Guaporé, que inclui todos os municípios da BR 429.

Existem diversas espécies conhecidas como inhame ou cará com diferenças claras entre elas mas com uma coisa em comum, todas são muito ricas em potássio e energia, razão pela qual o inhame é muito procurado por praticantes de exercícios físicos de alta intensidade, o potássio diminui o aparecimento de câimbras nos praticantes de exportes de alto rendimento e amadores. Em Rondônia, duas espécies são predominantes nos cultivos comerciais, o Inhame São Tomé e o Cará da Costa, na verdade ambos são tipos de Cará.

Os inhames são espécies tuberosas, ou seja, que as partes produtivas comercialmente são o que a maioria das pessoas chamaria de raízes, e têm um ciclo cultural que varia de 180 a 210 dias. Em Rondônia em virtude da Boa oferta de água das chuvas, dispensa irrigação, mas exige um bom preparo do solo com calagem e adubação, além de boa estrutura física do solos, bem drenados e descompactados que facilitem o desenvolvimento dos tubérculos ou raízes.

Em São Francisco do Guaporé onde começaram os primeiros cultivos e o solo em muitas áreas apresenta condições favoráveis, textura arenoargilosa e relevo plano, tem produtores com tradição no cultivo do inhame, como é caso do agricultor Samuel Cordeiro, que inclusive recebeu, este mês a visita do presidente da Emater-RO, Luciano Brandão em sua lavoura, que este ano está fechando a colheita de seus 12,5 hectares cultivados com uma produção próxima de 300 toneladas de tubérculos.

O mercado é garantido, todo ano Rondônia recebe compradores de estados do Nordeste, Sudeste e Centro Oeste, compram tanto o cará da costa quanto o São Tomé, mas segundo explicou um deles os mercados paulista e goiano querem os tubérculos pequenos enquanto que no nordeste a preferência é pelos tubérculos maiores, preferencias atendidas pelos produtores com prazer porque  desta forma fica reduzida a parcela tida como refugo.

“O estado de Rondônia através da Secretária de Estado da Agricultura (Seagri) e da Emater-RO sempre estiveram presentes nas diferentes etapas do desenvolvimento da cultura, tanto fazendo a divulgação para expansão dos cultivos quanto na introdução de novas tecnologias de produção, na conversa com os produtores eles costumam destacar a mecanização das lavouras, facilitada com ações do fomento oferecido pela Seagri, que disponibilizou tratores e implementos para facilitar o preparo do solo e a colheita principalmente”, diz o agricultor Zé Branco.

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Foto: Arquivo Emater