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Rondônia não tem intenção de intervir na gestão da saúde de Guajará-Mirim, diz Sesau
Secretário Fernando Máximo informou ter ido ao município verificar andamento de trabalhos de combate ao novo coronavírus. Assembleia Legislativa aprovou nesta semana pedido de intervenção.

Por G1 RO
Publicado 21/05/2020

Foto: Diêgo Holanda/G1

O secretário Estadual de Saúde (Sesau), Fernando Máximo, declarou que o Estado não tem intenção em intervir totalmente na saúde de Guajará-Mirim (RO), como indicou a Assembleia Legislativa (ALE-RO) nessa semana. O município acumula 55 casos confirmados e 18 mortes por Covid-19 até quarta-feira (20), de acordo com dados da pasta.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21), Máximo disse estar em contato permanente com as autoridades do município e que a Sesau tem auxiliado com envio de profissionais e materiais para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

"Estamos indo pra compor juntos porque nós entendemos que em um momento de pandemia temos que trabalhar todos juntos. Não tem como desprezar os profissionais de lá e falar 'agora vocês vai sair e nós vamos assumir tudo'. É pandemia. Nós temos que cuidar do estado todo. Então nós estamos indo pra compor, dar uma força, um up", declarou.

Na quarta-feira, Fernando Máximo disse ter ido até Guajará-Mirim acompanhado de políticos e servidores para verificar como estão os trabalhos de combate do vírus Sars-Cov-2.

O secretário informou ter buscado descobrir porque foram feitos poucos testes rápidos, exames, barreiras epidemiológicas e se acontecia investigação de pacientes suspeitos. Após reuniões, foram definidas orientações ao município.

"O objetivo principal é detectar algumas coisas que não havíamos feito diagnóstico ainda, coisas que podem ser melhoradas, que não foram cumpridas do plano de contingência da Secretaria de Estado da Saúde para o município de Guajará-Mirim", disse.

A Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) aprovou o pedido de imediata intervenção na saúde de Guajará-Mirim. A decisão foi tomada na terça-feira (19) com unanimidade de votos.

Moradores da cidade comemoraram a decisão dos parlamentares nas redes sociais. Máximo não chegou a comentar diretamente sobre o pedido de intervenção, mas disse que estaria indo pessoalmente ao município checar a situação. O secretário também negou que houvesse omissão por parte do Estado.

Na segunda-feira (18), o presidente da ALE-RO anunciou desejo em pedir a intervenção do estado na saúde pública de Guajará.

Segundo Laerte Gomes, está claro que o município perdeu o controle da situação com o coronavírus. Com isso, ele deve pedir para o governador assumir a saúde pública local.

Uso da cloroquina

Sobre o uso da hidroxicloroquina pelo Estado após a divulgação de uma nova portaria pelo Ministério da Saúde indicando o uso desde os casos mais leves, Máximo disse que o medicamento está sendo oferecido a todos os pacientes internados na rede estadual, desde o paciente aceite e não haja contraindicação.

"Tudo que surge de medicamento tem estudos mostrando que esses medicamentos são bons. Nós estamos usando em Rondônia. Claro, é uma doença nova. Apareceu alguma coisa nova e não tem contraindicação, dá pra utilizar, vamos utilizar, tentar salvar os rondonienses".

O secretário explicou que nos pacientes com sintomas leves, o medicamento pode ser oferecido pelos municípios dependendo dos protocolos adotados.

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Fonte: G1 RO