Barreira sanitária monitora mais de 160 pessoas que estavam em voo com passageiro confirmado com Covid-19
A rastreabilidade só é possível porque os passageiros preencheram, no momento do desembarque, o questionário com informações pessoais e de destino.
Fotos: Arquivo Agevisa
Importante aliada da população rondoniense como medida preventiva para evitar a propagação do coronavírus no Estado, as barreiras sanitárias são realizadas regularmente nos aeroportos, rodovias, rodoviárias e em portos de Rondônia. Esta semana, as equipes que atuam nas barreiras realizam, na prática, uma das principais funções após a abordagem dos passageiros: a rastreabilidade de pessoas que mantiveram contato com viajante que desenvolveu sintomas e teve caso confirmado para o vírus.
A partir de um viajante, que teve como destino Ouro Preto do Oeste e no município teve o caso confirmado, as equipes da vigilância sanitária da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) já monitoraram 164 pessoas que estavam a bordo da mesma aeronave e pousou em Porto Velho no dia 21 de março. Este quantitativo envolve moradores de 18 municípios rondonienses.
“As equipes de vigilância sanitária desses municípios foram acionadas. Entram em cena as equipes da vigilância epidemiológica para contactar cada viajante e investigar se desenvolveram sintomas gripais”, explica Vanessa Ezaki, gerente técnica de Vigilância Sanitária da Agevisa.
A rastreabilidade só é possível porque os passageiros preencheram, no momento do desembarque, o questionário com informações pessoais e de destino. Na primeira abordagem, os passageiros também informam se apresentam algum sintoma gripal. O Formulário de Identificação do Viajante Covid-19 com os dados dos viajantes são lacrados e somente são abertos quando há necessidade de rastrear para conferência, em razão da saúde do trabalhador, como aconteceu no caso confirmado em Ouro Preto do Oeste.
“Por isso é tão importante que as pessoas colaborem. Sabemos que muitas vezes chegam cansadas, mas é um tempo essencial para a preservação da saúde de quem realmente precisou viajar nesse período”, enfatiza Ana Flora Gerhardt, diretora geral da Agevisa.
Os municípios com viajantes monitorados são: Ariquemes, Buritis, Cacoal, Itapuã do Oeste, Jaru, Ji-Paraná, Machadinho do Oeste, Monte Negro, Nova Mamoré, Nova União, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho, Rio Crespo, Rolim de Moura, São Felipe do Oeste, São Miguel do Guaporé, Vale do Anari.
ENTENDA O CASO
Era pra ser uma simples viagem para o senhor Sebastião Rodrigues Viana, 57 anos, que retornava para Rondônia de Vitória (ES), no dia 21 de março. Ele explica que estava em Cariacica, uma pequena cidade, em que as pessoas nem mesmo falavam sobre coronavírus.
Quando chegou em Rondônia foi recepcionado pela barreira sanitária montada no aeroporto Governador Jorge Teixeira de Oliveira. “Atravessei o Brasil e quando cheguei aqui vi uma exigência grande e todo aquele cuidado das pessoas no aeroporto”, relata.
Alguns dias após o desembarque, o senhor Sebastião desenvolveu sintomas que, segundo ele, lembravam uma virose. “Febre em alguns horários do dia, desconforto intestinal, calafrio”, lembra.
Fez o exame e o resultado foi positivo para coronavírus, o primeiro no município de Ouro Preto do Oeste. Ele e sua família são monitorados por equipes da vigilância epidemiológica do município e pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, da Agevisa.
Em franca recuperação, Sebastião se queixa da ausência de paladar e olfato, mas diz que está bem. “Sinto sintomas gripais leves, estou tomando remédio caseiro e bastante líquido. Aqui em casa todos se sentem bem e, ao final, tenho que agradecer a Deus por todas as bençãos”, finaliza com mensagem de otimismo.
Fotos: Arquivo Agevisa
Fonte: Secom - Governo de Rondônia