Safra de soja deve alcançar 126,3 milhões de toneladas, diz consultoria
Agroconsult revisou para cima a produtividade média do Mato Grosso, Goiás e Paraná; clima nas próximas semanas será decisivo para lavouras mais tardias
Foto: Reprodução/Pedro Silvestre/ Canal Rural
A Agroconsult revisou a estimativa de produção de soja na safra 2019/2020 para 126,3 milhões de toneladas, ante as 124,3 milhões de toneladas. Se confirmada, esta será a maior safra do grão da história. A empresa, que divulgou a projeção nesta quinta-feira, dia 13, estima que a área plantada com a oleaginosa alcance 36,7 milhões de hectares.
Segundo a consultoria, foram revisadas as estimativas de produtividade média nos estados do Mato Grosso, Goiás e Paraná. Em Mato Grosso, a produtividade aumentou de 58 sacas por hectare para 59 sacas por hectare e, em Goiás, de 56,5 sacas por hectare para 59 sacas por hectare.
No Paraná, uma pequena parcela das lavouras semeada no oeste e no norte sofreu com o período seco do início da safra. “No entanto, áreas plantadas um pouco mais tarde, que correspondem à grande maioria, estão em condições surpreendentemente boas, o que levou a estimativa de produtividade média no estado aumentar de 59,5 sacas por hectare para 61 sacas por hectare”, disse a consultoria em relatório.
“Estamos de olho no comportamento do clima nas próximas semanas, que será decisivo tanto para consolidar a produção nas regiões que estão em plena colheita – nas quais a chuva neste momento pode prejudicar a safra – quanto para aquelas em que as lavouras são mais tardias, onde ainda é preciso que chova para fechar o ciclo da soja”, disse André Debastiani, sócio diretor da empresa.
Com boa luminosidade e chuva em volume adequado, Mato Grosso e o sudoeste de Goiás devem superar os recordes de produtividade da safra 2017/2018. “Uma característica marcante desta temporada é a excelente sanidade das lavouras com poucos problemas de pragas e doenças”, afirma Debastiani.
Milho
Com relação ao milho segunda safra, a Agroconsult aumentou a estimativa de área em cerca de 60 mil hectares, chegando agora a 13,1 milhões de hectares. A mudança se baseia na disposição dos agricultores das principais regiões produtoras em aumentar ou pelo menos manter a área semeada na safra passada, estimulados pelos bons preços do milho.
Fonte: Canal Rural