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Pequenos produtores recebem orientação para tornar terras em negócios rurais lucrativos
"Eu acredito que o governo de Rondônia vai trazer mudanças’’, disse o produtor Antônio Aparecido de Oliveira.

Publicado 15/01/2020
Atualizado 15/01/2020

Fotos: Frank Néry

O governador em exercício orientou o produtor a plantar além da mandioca, o cacau, assim como tem orientado em todo o Estado, pois a colheita do cacau se dá a cada oito meses, o plantio se adapta à região. Rondônia importa, segundo ele, 60% do que é consumido, além disso, tem um retorno lucrativo aos produtores. A propriedade de Francisco foi visitada pelo vice-governador que percorreu a área explicando o passo a passo de uma análise de solo correta e ele mesmo fez a coleta das amostras.

‘Estou mostrando ao seu Francisco como se faz uma análise para ele colher muito mais sacas de farinha em um hectare. Isso vai trazer o bem-estar para ele na propriedade’’, disse Jodan. Francisco reforçou o que José Jodan havia afirmando sobre o fato da produção sem técnica desanimar o produtor.

Francisco já teve experiência ruim com a produção, na época de banana, que acabou não dando certo. ‘‘Era para eu estar com essa área todinha de plantação de banana’’, lamenta.

Agora, ele disse estar animado a produzir, desta vez, utilizando as técnicas corretas. ‘‘Eu fico muito grato a essa visita do vice-governador porque era o que estávamos precisando aqui no reassentamento’’, avalia o produtor.

Atualmente, a aptidão do reassentamento Riacho Azul, onde moram cerca de 40 famílias, é o plantio de mandioca. O vice-governador também visitou a única produção de farinha do local que pertence a família da produtora rural Neuraci Monteiro do Nascimento. Ele incentivou a preparação do solo e assistência técnica para que a propriedade consiga também ampliar a quantidade de produção de mandioca por hectare. ‘‘Com assistência técnica, eles vão sair de 3,5 para 7 toneladas por hectare, vão trabalhar menos e produzir mais’’, garante.

Durante a visita técnica, foi dada, ainda, a oportunidade para que produtores do reassentamento de São Domingues, vizinho ao Riacho Azul, apontasse os desafios que precisam ser superados. ‘‘Toda ajuda é bem-vinda para o produtor, achei muito importante o vice-governador ter vindo até aqui para ver de perto as nossas necessidades e as dificuldades que temos para produzir’’, conta o produtor rural Miguel Ribeiro.

‘‘Foi importante a atitude de o vice-governador querer nos ouvir e saber de verdade as nossas dificuldades, pois  muitos produtores estão desanimados com a baixa produção. Acontece que muitos, no primeiro ano, conseguem 100 sacas de mandioca, mas já no segundo cai para 80, no terceiro para 40 e aí já não começa a dar mais nada, pois é uma produção sem calcário e sem adubo. Eu acredito que o governo de Rondônia vai trazer mudanças’’, disse o produtor Antônio Aparecido de Oliveira.

Ainda durante a visita, foi apresentado ao vice-governador o trabalho realizado pela ONG Raiz Nativa, que trabalha com arranjos produtivos nos reassentamentos com eixos de reflorestamento e desenvolvimento sustentável.

No Riacho Azul, a instituição possui um viveiro com capacidade para 200 mil mudas de açaí BRS Pará e Chumbinho.Tem a proposta de ampliar o plantio, implantar a irrigação para alcançar até três safras por ano e projeta uma agroindústria para beneficiar a produção local.

O vice-governador concluiu a visita ao reassentamento Riacho Azul apontando medidas para correção dos desafios apontados, com orientação de novas medidas e garantindo que, com uma produção tecnificada, é possível dar sustentabilidade as propriedades rurais,  envolver e fixar as novas gerações nos negócios rurais.

 

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Fotos: Frank Néry