Cafés do Brasil arrecadam US$ 4,7 bilhões de receita cambial com exportação de 37,4 milhões de sacas
Volume exportado representa aumento de 18,4% em relação ao mesmo período de 2018 e melhor desempenho dos últimos cinco anos no período
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As exportações totais dos Cafés do Brasil no período de dezembro de 2018 a novembro de 2019 atingiram um volume físico recorde de 41,4 milhões de sacas de 60kg. Nesse mesmo contexto, somente no ano em curso, nos meses de janeiro a novembro, foram exportadas 37,4 milhões de sacas, volume que inclui café verde, solúvel e torrado e moído. Tal volume representa um crescimento de 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado, e se destaca como o melhor desempenho das exportações dos últimos cinco anos nesse período.
Assim, as exportações nos onze primeiros meses de 2019 atingiram um marco histórico, superando, inclusive, o ano civil completo de 2015, quando o Brasil havia exportado 37,02 milhões de sacas. E a receita cambial arrecadada com essas exportações dos Cafés do Brasil (janeiro a novembro de 2019) foi de US$ 4,7 bilhões, montante que representa um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2018. Do total do volume físico de sacas exportadas (37,4 milhões) em 2019, 30,1 milhões foram de café arábica, as quais representam 80,5% dessas vendas ao exterior, além do café solúvel com o equivalente a 3,7 milhões de sacas (9,8%), performance seguida bem próxima pelo café robusta (conilon) com 3,6 milhões de sacas (9,7%).
Um ranking dos dez principais países importadores dos Cafés do Brasil, no período objeto desta análise, foram, respectivamente, em primeiro lugar, os Estados Unidos, que importaram 7,2 milhões de sacas, que equivalem a 19,2% das exportações brasileiras; em seguida, a Alemanha, com 6,2 milhões de sacas (16,5%); em terceiro se destaca a Itália, com 3,4 milhões de sacas (9,1%); em quarto, Japão, com 2,4 milhões de sacas (6,4%); no quinto lugar a Bélgica, com 2,3 milhões de sacas (6,2%). E, na sequência, Turquia, com 1,1 milhão sacas (3%); Federação Russa, com 962 mil sacas (2,6%); Reino Unido, com 883,1 mil sacas (2,4%); México, com 857,5 mil sacas (2,3%); e, em décimo colocado, o Canadá, com 813,9 mil sacas (2,2%).
A base dos dados estatísticos que permitem realizar esta e outras análises da performance das exportações dos Cafés do Brasil, em nível mundial, foi extraída do Relatório Mensal novembro 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé, cujas edições mensais, desde março de 2015, estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Conforme ainda os registros e dados constantes do mencionado Relatório, com exceção do Reino Unido, os principais países importadores dos Cafés do Brasil registraram nos onze primeiros meses de 2019 aumento na aquisição do produto brasileiro, caso tais dados sejam comparados com o mesmo período anterior. Nesse mesmo contexto, o Cecafé destaca ainda que as importações do México tiveram aumento de 205%, e, assim, esse país já se destaca como um dos dez maiores compradores do café brasileiro. E, mais que isso, os outros destinos dos Cafés do Brasil que mais registraram crescimento, no período ora em foco, foram os EUA (29,8%), Alemanha (25%) e Turquia (21,7%).
Por fim, vale também extrair e analisar do citado Relatório Mensal novembro 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil Cecafé os números das exportações por continentes, os quais denotam que as vendas do café brasileiro para esses destinos também apresentaram crescimento em quase todas as regiões, no período de janeiro a novembro de 2019. Dessa forma, verifica-se que as vendas para a Europa tiveram um aumento de 14,1%, ao atingir um volume físico equivalente a 19,4 milhões de sacas. Quanto à América do Norte, em termos percentuais, o aumento foi bastante expressivo, ao atingir 34,7% e registrar 8,9 milhões de sacas vendidas para essa importante região consumidora dos Cafés do Brasil.
Neste mesmo contexto da avaliação da performance das exportações por continentes, há que se registrar que na Ásia houve crescimento de 13,6%, com a importação de 6,5 milhões de sacas; na América do Sul o crescimento foi de 8,4% (1,5 milhão de sacas); África, 59,2% (614 mil sacas); e, por último, Oceania que apontou 6,7% ao importar do Brasil o equivalente a 359,6 mil sacas. Outro ponto que também merece destacar, no período objeto desta análise, conforme o Cecafé, é que também houve crescimento das exportações dos Cafés do Brasil para países produtores de café, cujo percentual de crescimento atingiu 47,2%, com 1,9 milhão de sacas vendidas para nossos concorrentes.
Fonte: Embrapa Café