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Avó de criança de dois anos morta em Ariquemes tem habeas corpus negado
Julgamento do habeas corpus do pai e da madrasta da menina também está marcado para este mês. Avó da criança deve responder por omissão.

Por G1/RO
Publicado 07/12/2019

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O pedido de habeas corpus de Suely dos Santos Monteiro, avó paterna da Lauanny Hester, foi negado pela Justiça de Rondônia. Suely foi indiciada por omissão no caso da criança de dois anos que foi morta espancada pelo pai e a madrasta em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, em setembro deste ano.

A acusada, de 49 anos, teve a prisão preventiva decretada no dia 24 de outubro. Após ser considerada foragida, a avó foi presa no mesmo dia tentando fugir pelo telhado de uma casa no bairro Jardim Felicidade. Na ocasião, o advogado de defesa disse que Suely era inocente.

Segundo a Polícia Civil, a acusada tinha a guarda oficial da criança desde maio deste ano, quando Lauanny foi agredida pelo pai a ponto de ter o braço quebrado. Com o episódio, a menina ficou sob tutela do Estado, mas depois foi designada à avó.

Como a Justiça e o Conselho Tutelar não sabiam que Lauanny estava morando novamente com o pai, a mulher pode ser responsabilizada pela morte da menina e responder a um processo por abandono de incapaz.

Suely permanece presa no presídio feminino de Ariquemes. A Rede Amazônica tenta novo contato com a defesa da acusada.


Pai e madrasta
O pai da criança, William Monteiro da Silva, e a madrasta Ingrid Bernardino Andrade também permanecem presos. Ele no Centro de Ressocialização da cidade e a mulher no presídio de Porto Velho. Segundo o advogado o casal, Hamilton Trondoli, será julgado no dia 18 de dezembro o habeas corpus dos dois.

O advogado também informou que está prevista para fevereiro de 2020 a audiência de instrução do caso, quando o juiz vai ouvir os argumentos das partes envolvidas e o processo é preparado para o julgamento.

Morte de Lauanny

Lauanny Hester Rodrigues morreu depois de ser espancada pelo pai e a madrasta no fim da manhã do dia 21 de setembro, no bairro Marechal Rondon, em Ariquemes. A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por vizinhos que ouviram a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica e a guarnição chegaram a menina não apresentava mais sinais vitais.

O pai da criança, William, e a madrasta, Ingrid, foram localizados pela PM em uma praia. Segundo a corporação, eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto com uma bebê de 5 meses, que é filha do casal. Segundo o delegado Rodrigo Camargo, durante o interrogatório os suspeitos disseram que, de fato, tinham batido na menina por duas vezes.

"Às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. Diante disso, o pai acabou dizendo que para corrigir acabou agredindo a criança. Uma agressão absurda que, na minha visão e da polícia judiciária, configura tortura", disse o delegado.

ENTENDA O CASO: 


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Foto: Polícia Civil/Divulgação

Fonte: G1/RO